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Pacote de Viagem | Roteiros Nacionais

Setembro

A partir de entrada + 07x de R$856,00

Expedição Estrada Real

Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro

Os caminhos que antes levavam diamantes e ouro, hoje levam cultura, história e natureza exuberante.

 De 01 a 13/09/2024 - Roteiro experimental

1º dia, 01/09 – Belo Horizonte – Chegada em Belo Horizonte e transfer para Hotel Maxi Savassi. Livre

2º dia, 02/09 – Belo Horizonte/Ouro Preto/São João del Rei – Após o café da manhã saída para Ouro Preto. Chegada e City Tur. Almoço típico. À tarde viagem até Tiradentes. Acomodação em hotel.

3º dia, 03/09 - Tiradentes/ São João del Rei – Após o café da manhã embarque para São João del Rei. Opcional viagem no trem uma viagem de Maria Fumaça pelos trilhos que contam a história e cultura de Minas Gerais. No total são 12 km percorridos em uma travessia que destaca paisagens e arquiteturas do século XIX. À tarde Tour pela cidade para conhecer a Igreja de São Francisco de Assis e o Tumulo de Tancredo Neves. Acomodação em hotel

4º dia, 04/09 – São João del Rei/Carrancas/São Tomé das Letras – Após o café da manhã viagem até Carracas lugar que reúne, em um só lugar, tudo que o amante da natureza e da história de nossa gente pode querer, um lugar bucólico, em que o antigo e novo se mistura, emoldurados por mais de 110 atrações naturais, entre serras, grutas, poços e cachoeiras. A cada trilha, uma paisagem nova deságua aos olhos dos turistas que são sempre bem recebidos pelos moradores. À tarde Viagem até a Cidade de São Toem das Letras, a mística cidade das pedras está a cerca de 1400 metros de altitude, cercada por um lindo vale cheio de cachoeiras, grutas, trilhas, um verdadeiro reduto ecológico. É conhecida também por suas lendas, comunidades alternativas e locais de grande energia. Acomodação em Pousada.

5º dia, 05/09 – São Thomé das Letras – Após o café da manhã visita a Ladeira do amendoim, vale das borboletas e poço dos gnomos. Almoço no vale das borboletas. Cachoeira véu de noiva, paraíso e poço lua de mel. City tour caminhando para conhecer a igreja matriz, gruta São Thomé, Pedra da Bruxa, Mirante e finalizamos o passeio no pôr do sol da pirâmide.

6º dia, 06/09 – São Thomé das Letras – Após o café da manhã vista o roteiro das grutas. Visita o Complexo gruta do Sobradinho (travessia da gruta, cachoeira e piscinas), Gruta do labirinto, poço verde e no retorno visita a Loja especial em cristais.

7º dia, 07/09 – São Tomé das Letras/Cruzilia/Baepandi/Caxambu/São Lourenço/Pouso Alto/Passa Quatro – Após o café da manhã viagem a Itamonte com paradas para conhecer os atrativos históricos, culturais e ecológicos de Cruzilia, Baependi, Caxambu e Uma Fazenda de Café em São Lourenço. Passeio pelas lavouras dos cafés mais premiados do mundo, com paradas em mirantes de elevadas altitudes com paisagens e horizontes belíssimos. Visita monitorada com explicações de toda a cadeia produtiva do café especial, desde o pé até a xícara. Chegada à noite acomodação em hotel.

8º dia, 08/09 – Passa Quatro/Itamonte/passa Quatro - Saída Pousada Mantiqueira, visita+ degustação na queijaria de búfalo, visita a cachoeira da Fragaria em Itamonte, caminhada pela estrada real em Passa Quatro, estação de trem, centro histórico com casarões, igreja Matriz e coreto.

9º dia, 09/09 - Itamonte/Guaratinguetá/Cunha – Após o café da manhã viagem a Cunha com parada para uma visita panorâmica na cidade de Guaratinguetá. Chegada acomodação em pousada. Almoço. À tarde visita ao Contemplário, um lugar de tranquilidade para contemplação de plantações de lavanda, alecrim, capim limão e outras plantas aromáticas.

10º dia, 10/09 - Cunha/Paraty – Tur para conhecer Cunha que tem alguns marcos importantes. Em torno de 1727, Cunha ocupava o lugar de um importante ponto de parada dos tropeiros que percorriam o Caminho do Ouro transportando ouro e outros minerais de Minas Gerais até o porto em Paraty. Vamos conhecer um ateliê de cerâmica, no maior polo de cerâmica da América Latina, de forno noborigama (alta temperatura). Visita a casa do artesão, Igreja Matriz e finalizamos no Mercado municipal.

À tarde continuação da viagem até a Cidade de Paraty. Chegada e acomodação em hotel.

11º dia, 11/09 - Paraty – City Tour pela cidade que foi declarada como Patrimônio Mundial da Unesco, reconhecida por suas riquezas naturais e culturais, pois engloba o Parque Nacional da Serra da Bocaina, a Área de Proteção Ambiental de Cairuçu e o Monumento Nacional Centro Histórico de Paraty. Também ganhou o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco, por sua importância na cultura gastronômica e seu desenvolvimento consistente.

12º dia, 12/09 - Paraty – Dia livre para atividades independentes.

13º - dia, 13/09 - Paraty/Rio de janeiro – Transfer para o aeroporto do Rio de Janeiro.

Preço e condições de pagamento (em R$ e por pessoa, vagas limitadas para 10 pax)

Condições Apto Single Apto duplo
À Vista 8.000,00 6.440,00
1 + 3 Vezes 2.000 1.610,00
1 + 7 Vezes 1.064,00 856,00

Tabela elaborada em 18.02.2024 – Preços sujeitos a alteração sem prévio aviso

Serviços incluídos:
Parte aérea; Transporte em Van; Transfer in em BH; Transfer out Rio de Janeiro; Tur relacionados; 2 jantares; 1 almoço, Guia locais; visita a uma Fazenda de Café

Serviços não incluídos:
Passeio não relacionados, alimentação não mencionadas, bebidas, ingressos e gastos pessoais

Hotéis e Pousadas previstos:
Belo Horizonte: Maxi Savassi
São João del Rei; Lenheiros
Tiradentes: Pousada Serra Vista
São Thomé das Letras: Pousada das Letras
Passa Quatro: Pousada Recanto da Mantiqueira
Cunha: Clima da Serra
Paraty: Recanto do Jabaquara

A história do Brasil passa pela Estrada Real. As riquezas extraídas nas minas eram levadas aos portos do Rio e Paraty, e de lá para Portugal. De uns anos para cá, a rota real se transformou em importante polo turístico. Seus 1410 quilômetros, que cortam Rio, Minas e São Paulo, oferecem inúmeras atrações, desde igrejas barrocas a paraísos naturais, passando por vilarejos pitorescos, fazendas históricas e muitos "causos" contados pelos moradores das mais de 170 cidades que dela fazem parte.

Os três caminhos

Estrada Real se divide em três caminhos: o "dos diamantes" - de Diamantina a Ouro Preto (azul)-, o "velho" (vermelho), que em Paraty, recebe o nome de caminho do ouro, e o "novo" (amarelo), que começou a funcionar bem depois, numa iniciativa portuguesa para possibilitar maior rapidez entre o Rio, Ouro Preto e Diamantina.

O que é a Estrada Real

por Márcio Santos*

"Por terem constituído, durante longo tempo, as únicas vias autorizadas de acesso à região das reservas auríferas e diamantíferas da capitania das Minas Gerais, os caminhos reais adquiriram, já a partir da sua abertura, natureza oficial. A circulação de pessoas, mercadorias, ouro e diamante era obrigatoriamente feita por eles, constituindo crime de lesa-majestade a abertura de novos caminhos. O interesse fiscal, base da política metropolitana para a região mineradora da colônia, prevalecia sobre qualquer outro: cumpria, antes de tudo, ter as rotas de comunicação com as minas devidamente controladas e fiscalizadas, para que nelas se pudesse extrair uma massa cada vez maior de tributos para o tesouro real. O nome Estrada Real passou a aludir, assim, àquelas vias que, pela sua antiguidade, importância e natureza oficial, eram propriedade da Coroa metropolitana. Durante todo o século XVIII, e em parte do XIX, quando a era mineradora já se fora e os caminhos se tornaram livres e empobrecidos, as estradas reais foram os troncos viários principais do centro-sul do território colonial.

Ao longo dos caminhos reais espalharam-se os antigos registros, postos fiscais de controle, alguns dos quais ainda podem ser apreciados na atualidade. Eram de diversos tipos: registros do ouro, que fiscalizavam o transporte do metal e cobravam o quinto; registros de entradas, que cobravam pelo tráfego de pessoas, mercadorias e animais; registros da Demarcação Diamantina, responsáveis pelo severo policiamento do contrabando e pela cobrança dos direitos de entrada na zona diamantífera; e contagens, que tributavam o trânsito de animais. Os prédios dos registros eram instalados em locais estratégicos dos caminhos: passagens entre serras, desfiladeiros, margens de cursos de água. No seu interior se colocava o pessoal empregado: um administrador, um contador, um fiel e dois ou quatro soldados. Um portão com cadeado fechava a estrada.

As estradas reais foram, ainda, os eixos principais do intenso processo de urbanização do centro-sul brasileiro. Ao longo do seu leito ou nas suas margens se distribuíram as centenas de arraiais, povoados e vilas em que se organizou a massa populacional envolvida com a economia da mineração e com as economias a ela associadas. O povoado à beira do caminho, com o cruzeiro, a capela, o pelourinho, o rancho de tropas, a venda, a oficina e as casas de pau-a-pique simbolizaram, durante longo tempo, o processo de nucleação urbana do centro-sul da colônia. Povoados e vilas típicos foram visitados e descritos pelos viajantes europeus do século XIX, que nos deixaram páginas e páginas de notas de viagem sobre as paisagens e os núcleos urbanos que encontraram nas suas jornadas pelos caminhos coloniais brasileiros.

No auge da mineração, esses caminhos se viram percorridos por imigrantes paulistas, baianos, pernambucanos e europeus; por tropeiros do sul e de São Paulo; por boiadeiros do rio São Francisco e do rio das Velhas; por sertanistas da Bahia e das vilas paulistas; por escravos negros e índios; por mascates, administradores reais, homens do fisco, soldados mercenários e milícias oficiais.

A expansão originária dos primeiros grandes caminhos do centro-sul do território colonial conformou um dos mais significativos movimentos de apropriação do interior brasileiro e de sua integração com a faixa litorânea. Ampliando a base territorial da América portuguesa, as vias hoje reunidas sob o nome de Estrada Real foram, assim, fundamentais na história do povoamento e da colonização de vastas regiões do território brasileiro, tornando-se verdadeiros eixos histórico-culturais de construção de parte da nossa história."

 Texto de Márcio Santos - Pesquisador de rotas históricas, autor de Estradas Reais: introdução ao estudo dos caminhos do ouro e do diamante no Brasil (Belo Horizonte: Editora Estrada Real, 2001).